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Sobre a ASERG
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Posse Responsável
por Patrícia Nikitin Marcondes bióloga (CRBio 39786/01-P) Quando
as entidades de proteção animal do Brasil falam em posse responsável, o
que será que elas querem dizer? Se
você andar pelas ruas e começar a olhar ao seu redor, certamente vai
notar muitos cachorros e gatos abandonados. A grande maioria destes
animais vão estar magros, tristes, com sarnas e cicatrizes pelo seu
corpo, pois não têm um lar que lhes ofereça proteção e carinho. Mas
como estes cachorros foram parar nas ruas? Por acaso brotaram da calçada?
O que eles fizeram para merecer tal sofrimento? Simplesmente
nasceram! Porque um dono irresponsável deixou que sua fêmea no cio saísse
pelas ruas. Ou ainda deixa os seus machinhos à vontade perambulando por aí,
correndo risco de atropelamento ou de pegar alguma doença e assim acaba
cruzando com fêmeas perdidas. Pela ordem natural das coisas, cerca de
dois meses depois teremos mais filhotinhos abandonados, pois o dono da
cadela não vai assumir mais despesas com estas novas vidas. É
assim que temos esta imensa população de gatos e cachorros abandonados
pelas ruas. Estatísticas afirmam que para cada cadela não castrada e
seus descendentes podem gerar em 6 anos, 64.000 animais e não existem
lares responsáveis para todos. Da mesma forma que uma gata não castrada
e seus descendentes podem gerar num período de 7 anos, 420.000 animais.
Outro dado interessante é que para cada criança que nasce,
concomitantemente nascem 15 cachorros e 45 gatos. Com fazer para evitar
tudo isso? Castração. A
castração é um procedimento em que os médicos veterinários removem os
testículos dos machos ou os úteros das fêmeas impedindo assim que o
animal entre no cio e procrie. Este ato de castração não é um
ato cruel com o seu animal, mas é de puro amor e responsabilidade. Só há vantagens na castração; os machos e as fêmeas deixam de fugir, cessam o cio, nas fêmeas pára a “menstruação”. Além disso, evita o câncer nos testículos e no útero. Mas
como castrar o meu animal se eu não tenho dinheiro? A resposta é
simples; existem entidades de proteção animal como a AILA (11 –
3167.2879), o Quintal de São Francisco (11 – 5081.5446), o CCZ (11
–6224.5500), a APAA (11 – 9607.6806), a Estimação (11 –
3862.2314/3021.1459) e o Clube das Pulgas (11 – 5508-0737, Cód.
4031834) que realizam a castração por preços mais reduzidos. Mas vale a
pena lembrar, estas entidades NÃO SÃO ABRIGOS E NÃO RECEBEM ANIMAIS,
aliás, nenhuma entidade de proteção animal no Brasil consegue mais
receber animais, pois estão superlotadas. Outro
fator deve ser ressaltado: é muito importante que o município mostre o
seu apoio, oferecendo o serviço de castração dos animais à população
e este procedimento pode ser realizado em parceria com o terceiro setor.
Um pai de família muitas vezes não consegue nem levar comida à sua
casa, quanto mais pagar por um serviço que deveria ser gratuito. Se esta
campanha e este serviço fossem levados mais a sério pela população e
pela Prefeitura, muitas mortes e sofrimento de cães e gatos poderiam ser
evitados. Mas
como isso ainda é uma realidade um pouquinho distante, no dia 17 de
setembro passado, abandonaram uma ninhada no portão do Rancho dos Gnomos,
seis cachorrinhos, pretos, vira-latas. Três destes animais estavam com
dermatite (doença de pele), mas hoje estão bem. Foram adotados dois
deles e outros quatro ainda esperam por pessoas carinhosas que possam dar
a eles um lar. (clique aqui
e veja os filhotes para adoção) Outro
animal foi abandonado no Rancho dos Gnomos, à noite, dentro de uma sacola
que estava forrada com uma calça. É um cachorrinho que estava com o seu
olho direito “pendurado” e no dia seguinte teve de ser amputado. Hoje
passa bem. É
assim, enquanto não houver uma conscientização de todos para a Posse
Responsável, mais casos como estes ainda acontecerão, não só aqui,
como em outros lugares pelo Brasil. Lembre-se:
Posse responsável. A castração é um gesto de amor para com o seu
animal. | ||
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