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Artigo 225, CF:

"Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações"

 

Revista da Folha

"Gladiadores" não têm para onde ir quando as rinhas são desativadas, e os animais de circo com problemas são descartados

 

 

 

A leoa Gaya, 12, que teve presas serradas e garras amputadas para trabalhar no circo

 

 

 

 


Outra luta

[por Cristina Fibe / fotos Karime Xavier]

A rinha de galo, mais falada do que nunca depois da prisão do publicitário Duda Mendonça, não é o único tipo de luta entre animais para entretenimento humano.Também é possível pagar para ver e apostar em cães e até canários "de briga". Considerados crime ambiental (punível com multa e detenção de três meses a um ano), de tempos em tempos a polícia aparece nos eventos e apreende os "gladiadores" desamparados, depois deixados com quem se dispuser a cuidar.

Zoológicos nem sempre recebem os bichos, por falta de interesse ou condições financeiras. A ONG Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos, em Cotia, já recebeu três apreensões de rinhas de galo, num total de 85 animais. "Muitos morreram dias depois, doentes. Eles vêm pra cá mutilados, sem penas nas coxas, onde são injetados anabolizantes. Por causa das substâncias, o frango não pode ser consumido", diz a fundadora, Silvia Pompeu.

"Eles chegam aqui e bicam tudo, brigam até com pedra no chão. Precisamos 'desprogramá-los', mas em três dias eles já podem conviver."

Com os canários acontece o mesmo. "Recebemos da polícia uma apreensão de 249 canários, e ficamos uma semana com policiamento ostensivo, porque eles valem muito dinheiro. Tinha canário aqui estimado em R$ 50 mil." Na briga de pássaros, dois machos são colocados em uma pequena gaiola, com a fêmea junto, para que a disputem até a morte.

"Todos sabem que isso existe, mas as autoridades fazem vista grossa", diz Elizabeth Mac Gregor, representante no Brasil da ONG inglesa de proteção aos animais, WSPA. "Quem gosta diz que é da natureza do bicho brigar. É, sim, só que em embates breves, e não atiçado pelo ser humano, nem com esporas e bico de metal. Na rinha de cães, muitas vezes são colocados filhotes de gatos vivos para causar a disputa."

Circo É o mesmo problema que atinge animais de circo, cuja presença em picadeiros já é proibida nos Estados do Rio de Janeiro e de Pernambuco. Em SP, 22 municípios aprovaram a lei que não permite as exibições; a capital não é um deles. Também não há nenhuma previsão de realocação dos animais ou verba para seu tratamento. Como os bichos de briga, eles são deixados com quem puder cuidar.

"Tenho 11 leões aqui, que chegaram sem garras e sem dentes", conta Silvia. A manutenção de cada um, segundo ela, custa cerca de R$ 700 mensais. "Quando chegam, eles estão apáticos, cheios de edemas, com aversão à espécie humana. Depois se acostumam com a gente, mas continuam com medo quando se aproxima alguém estranho."

A idéia das entidades de proteção é promover campanhas para educar as crianças para rejeitar espetáculos que usem bichos. "A nova geração tem uma consciência ambiental maior, é mais fácil de atingir", acha Elizabeth. A Rancho dos Gnomos recebe grupos escolares para passar o dia, aprendendo sobre os maus-tratos. Depois, elas fazem relatórios em que demonstram revolta sobre algo que antes a maioria delas achava bonito", diz.


serviço
Associação Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos.
Tel. 4616-2703 ou www.ranchodosgnomos.org.br.

 

 

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